Caro leitor, seja muito bem vindo a essas despretensiosas páginas.
Desejo falar ao seu coração não apenas com os meus poemas, mas também pelas mensagens, orações e reflexões aqui colocadas a seu dispor.
Que o coração do Divino Mestre Jesus os ilumine e abençoe sempre.
Aqui, você está livre também para desabafar seus problemas e angústias.
Darei um retorno tão logo possa e opinarei se assim você desejar.
Fique a vontade. Aqui você, internauta, vai encontrar uma amiga com o coração aberto a lhe auxiliar dentro dos meus limites, mas sempre com carinho, respeito e espírito fraterno.
NAMASTÉ.

terça-feira, 5 de março de 2019



QUIXOTAGEM

Escureceu o abismo das profundezas do eu.
Contive soluço enlouquecido pelos teus olhares.
Não saem de mim; penetram,
Queimam, afogam, destroem
Construindo, talvez nada,
Talvez tudo...
Sei lá o que,
Sei lá quem.

Não sou eu,
Não sou ninguém...
Sou nada.
Talvez mais que nada.
Um tudo vazio de muito
Que quer sem querer,
Querendo sem poder alcançar.
Explodo em sonhos.

Fantasias repletas,
Desejos...
Resolvo brincar com as palavras.
Dá certo!
Sonho. Torno a brincar.
Alguém disse que sou louca.
Gostei.
Pior?... Sandices de muitos.
Ministros, deputados, senadores, vereadores...

Sãos??... Não.
Demalouquinsandecidos!
Clarinetes, flautas, harpas...
Música ao longe.
Fundo peito.
Aprendo a viver a saudade de você.
Também as esperanças remotas de Brasil
Brasileiro sem guerra-civil.
O café sobe a cada dia.
Brasileiro!
Imperial!
Soluço abismático fundo.

Quixotagem!
Te amo. Sempre.
Te espero. Eterno.
Eu – labirinto ambíguo em você.
Preciso abortá-lo.
Faltam forças. Sou covarde.
Quixotagem!
Eternamente aleijado.
Brasil – Desequilibrado.
Gostaria de abandoná-lo.
Não posso. Te amo.
Quixotagem!

                            (do livro EMOÇÃO LABIRÍNTICA)




RENÚNCIA

Não. Digo não.
Não à alegria sem motivo.
Tristeza sem lá muito destino.

Joguei a pedra no mar.
A peste se fez presente
E tive medo de me afogar.

Razões tive muitas.
Quais? Não sei.
Senti que eram muitas.

Ajoelhei. Pedi ajuda a Nossa Senhora da Pena.
Disse não ao desejo de possuir Eduardo.
Me arrependi. Era tarde.

Razões tive muitas.
Disse não.
Queria o sim.

A tristeza alcançou seu destino.
A pedra afundou, fundo.
Ajoelhei... tinha razões.

Disse não ao coração.
Emudeci.
Tarde.

Sim. Sim ao não.
Sim a tristeza infinita.
Alegria perdida.

Tarde.
As razões foram muitas.
Te perdi.

Digo não.
Tristeza sem motivo... Solidão.
Alegria sem destino.

Digo sim ao coração.



                            (do livro EMOÇÃO LABIRÍNTICA)


                 


SILÊNCIO ACUSADOR


Olha pro meu silêncio.
Vê o que mudou em mim?!
Não adianta procurar,
Não vai encontrar...
Não agora!...
Nunca mais.
Não sou mais a menina que conheceu.
Esperava um olhar seu...
Um gesto de afeto, de carinho.
Atenção...
Um sorriso... um telefonema...
Seu amor.

Você ignorou a menina.
Ela esperou, cansou, cresceu...
Virou moça... Mulher!
Libertou-se de você...
Desse cativeiro.

Ela era uma menina.
O amor a faz crescer
Pela crucificação.
Quem a crucificou,
Pelo peito,
Foi você.
Ele era natureza.
Hoje, pra mulher,
Rosa espinhosa.
Olha pro meu silêncio!
Olha pra menina...
Olha pra mulher!



                          (do livro MATA-VIRGEM)
EXISTÊNCIA SUFOCADA


Vivemos sufocando a dor no peito;
Sufocando sentimentos, sofrimentos...
Esculpimos a cada manhã
A esperança do dia,
Que se quebra ao cair da noite.
Sufocamos nossas emoções por medo...
Medo de nós mesmos,
De perdermos o que mais amamos...
Medo de sofrermos.
É por medo do sofrimento que acabamos
Sofrendo a causa do medo.
Sufocamos as palavras acumulando-as
Na garganta, no coração, na mente.

Sufocamos os olhares, as amizades,
O amor, a fé...
Todas as esperanças perdidas.
Sufocamos a razão, o corpo, a alma;
As loucuras certas, as certas loucuras...
A vida.
Temos é medo de viver!
Sufocamos nosso ser mais íntimo,
A essência da existência.
            Causamos a ruptura da própria existência da vida.



                                           (do livro MATA-VIRGEM)


O SEGREDO


                       O sol
                       Tem brilho de amor,
                       Amor com calor.

                                   O céu
                                   Tem brilho encantado,
                                   Estrelas faiscando
                                   A lua brilhando, no mar.

                       O mar
                       De um branco ondulado,
                       E um azul encantado
                       Carrega consigo, um segredo...
                       O amor de Iemanjá.



                                       (do livro SER E PODER)


CONFISSÃO


                       Entraste em minha vida
                       Sem ao menos pedir licença.
                       Não sei como!

                                   Sonhei muito.
                                   Amei demais,
                                   Sem nada receber.

                       Saíste da minha vida
                       Assim como entraste,
                       Sem licença,
                       Sem como, nem porque.

                                   O mundo gira
                                   E um dia nos reencontraremos.
                                   Se ontem representaste tudo,
                                   Amanhã nada representarás.


                                                (do livro SER E PODER)

segunda-feira, 16 de julho de 2018



DEMOCRACIA CENSURADA


Minhas mãos estão frias.
O sangue jorra como cachoeira.
O grito é mudo.
A dor é surda.

Tenho vergonha desse fluxo.
Parece sujo, velho...
Estragado talvez.
O vermelho ficou marrom,
Não tem vida.

Será que ainda vivo?

Vivo, vivo sim.
Vivo me arrastando,
Ruminando a minha dor.
Assim, nos arrastamos todos!

Este mundo me consome,
Me exige tudo!
Censura minha vida,
Meus sentimentos...
Tanto, que já censuro até a obscura

Democracia dos meus sentimentos.


                                   
                                         (do livro MATA-VIRGEM)

AMARGURA


                       Amargura é não saber ser:
                       Ser... Feliz, humano, sincero.
                       Saber perdoar, viver, amar.

                                   A falta de amor acarreta esse sentimento.
                                   Se existe amargura:
                                   Não existe o amor puro, verdadeiro, autêntico.
                                   Não existe a felicidade límpida, desanuviada, a feliz                                                                                                      //felicidade.
                                   Não existe a vida... Vivida, completa, inteira.

                       A amargura é uma prisão, prisão à felicidade,
                       A vida; ela é sufocante, angustiante,
                       Cruel, suicida.


                                                  (do livro SER E PODER)

quinta-feira, 14 de junho de 2018


A ESSÊNCIA EXPLICA A EXISTÊNCIA


Vivia num mundo
Que não alcançava,
Não compreendia,
Vivia na dor.

Queria entender a existência,
Compreender a essência...
Ir ao profundo, emergir devagar
Até a superfície das coisas.

Pretensiosamente, pretendia entender a morte,
Decifrar a vida,
Entender o tempo
Encontrando espaço definido para a hora.

Tentei me encontrar, em mim.
Saber porque existo,
Como passei a existir.
Queria saber, entender a minha existência
Além da Biologia.

Procurava, pesquisava, procurava...
Perguntava!... Aqui... Ali...
Quem sou?... Porque?
Ninguém sabia ou não queriam me dizer!?
Pisava em falso todos os dias.

Não sabia... a resposta estava em mim,
Estava em Você.
Eu existo, porque existe o amor,
Um Amor Maior,
Não o que existe em você.

O Amor de Deus.
Esse Amor é a nossa essência.
Sendo nossa essência,
Explica nossa existência.

Você me mostrou isso.
Seu Amor falou.
Sua existência explicou.
Minha dor, sua essência curou.

Agora sou amor.
Sinto amor.
Sei amar.
Já me dou valor.

Você fez meu mundo e não sabe.
Ontem eu corria num deserto sem vida,
Hoje corro num campo florido.
Ontem eu era noite vazia;
Hoje, sou o dia.



                               (do livro MATA-VIRGEM)



CLARIDADE

Cortina branca, transparente.
E eu extasiada...
Azul celeste cintilante...
Véu de noiva.

Tudo negro, muito negro, tortuoso.
Sinais de anseios esperançosos.
Não há negrume.
Luz. Brilho.

Compreendo meus limites,
Não tenho medo.
A noite antes obtusa, fechada,
Sangrenta e sofrida,
É bela, purpurificada.

Pássaros cantam livres e a garça não é triste.
Já não sofro paixões dilacerantes,
Nem almejo bonanças, alegrias;

Tenho serenidade.
A vida não é fantasia e eu não sou mais escrava.



                     (do livro EMOÇÃO LABIRÍNTICA)


ABSURDO COERENTE

A vida é um grande absurdo.
O absurdo é o sentido da vida.

O homem oscila entre dois pólos.
Vida-morte, morte-vida.

Irrealidade-real, ambígua;
Intra-energética.

É a ambiguidade do nada no tudo,
Do tudo no nada.

O nada é o tudo.
O tudo é o nada.

A morte é a vida.
A vida é a morte.

Absurdo coerente.
Opostos que se atraem, se completam,

Se negam, se rejeitam;
Dissolvendo-se no ar,

Na poeira de um tudo que é nada,
De um nada que é tudo,

Como a grande ilusão de um amor
Que hoje é tudo, amanhã é nada;

Que hoje é nada, amanhã é tudo.
Ou de um amor não ilusório,

Que sempre pode ser nada,
Que sempre pode ser tudo.



                          (do livro EMOÇÃO LABIRÍNTICA)

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

CHORA

Se você chorasse
eu entenderia
o que tenta dizer
nestas palavras frias.

Você engole a emoção
e quer que eu descubra o que sente seu coração!?
Não é coragem nem brio esse domínio,
é covardia, falsidade.

Chora, mostra o seu amor.
Não suporto o homem que retrai no peito
a dor.

Eu me mostro sempre, sem vergonha;
não sou fraca, sou montanha.
Você foge, se retrai

e se esconde na coragem covarde,
fraca e medrosa

do ser HOMEM.



                 (do livro DESFALECIMENTO)
ALCANCE


Senhorita, segue-me por este caminho.
Caminha bem de mansinho.
Pára, agora... aqui.

Senhorita! Senta nesta pedra.
Solta teus cabelos ao vento.
Dá-me tuas mãos senhorita.
Fecha estes olhos de terra.

Senhorita!...
Relaxa teu peito.
Procura sonhar o sonho
Que mais desejas.

Senhorita! Ouve essa canção...
Os pássaros cantam.
Presta atenção!

O sol criou a melodia;
A lua, a poesia;
Os pássaros... a canção.
O vento... o balé da emoção.

Abre os olhos senhorita!
Desfruta com ânsia,
O bailado da natureza;
O balé da ilusão.

Agora moça, deseja com força
Alcançar o sonho...
Concretizar a ilusão.

Senhorita, o balé da natureza
É o balé do amor.
A canção que ouvimos
Eleva-nos ao Senhor.

Ao Deus,
Pedi você.
Você, senhorita,
Pediu um amor.

Agora somos dois corpos;
Um só espírito...


Um só coração.



             (do livro AMOR SOLIDÃO)
O CAVALO

O cavalo sozinho.
Inverno. Chuva caindo pesada.
Dias frios. Ruas vazias.
O cavalo andando devagar; cabeça baixa.

Passarinhos nos ninhos.
Primavera. Jardins floridos.
Ruas repletas.
O cavalo cavalga.

O cavalo no jardim.
O cavalo cheira uma flor.
Escuta uma canção... relincha.

O cavalo cavalga veloz. Cabeça erguida.
Verão. Dias quentes.
O cavalo sua por todos os poros.

Folhas secas no chão, no barro frio.
O cavalo deitado agoniza na dor.

Outono. Mundo deserto.
Respiração lenta. Sozinho.

O cavalo morre de amor.



             (do livro EMOÇÃO LABIRÍNTICA)
LUTA DE TODOS


Você, meu Herói favorito,
A todos atende, compreende;
De todos tem dó.

Você, meu Senhor, meu Pai,
Nos ama a todos.
De nós só espera amor e paz.

A Você entrego minha vida.
Presente, futuro...
Até minha paz.

Em você confio. Com sua luta quero colaborar.
Essa luta não é só sua... também é minha,

Daqueles que a paz querem conquistar.




               (do livro AMOR SOLIDÃO)