DEMOCRACIA CENSURADA
Minhas mãos estão frias.
O sangue jorra como cachoeira.
O grito é mudo.
A dor é surda.
Tenho vergonha desse fluxo.
Parece sujo, velho...
Estragado talvez.
O vermelho ficou marrom,
Não tem vida.
Será que ainda vivo?
Vivo, vivo sim.
Vivo me arrastando,
Ruminando a minha dor.
Assim, nos arrastamos todos!
Este mundo me consome,
Me exige tudo!
Censura minha vida,
Meus sentimentos...
Tanto, que já censuro até a
obscura
Democracia dos
meus sentimentos.
(do livro MATA-VIRGEM)
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