QUIXOTAGEM
Escureceu
o abismo das profundezas do eu.
Contive
soluço enlouquecido pelos teus olhares.
Não saem
de mim; penetram,
Queimam,
afogam, destroem
Construindo,
talvez nada,
Talvez
tudo...
Sei lá o
que,
Sei lá
quem.
Não sou
eu,
Não sou
ninguém...
Sou nada.
Talvez
mais que nada.
Um tudo
vazio de muito
Que quer
sem querer,
Querendo
sem poder alcançar.
Explodo
em sonhos.
Fantasias
repletas,
Desejos...
Resolvo
brincar com as palavras.
Dá certo!
Sonho.
Torno a brincar.
Alguém
disse que sou louca.
Gostei.
Pior?...
Sandices de muitos.
Ministros,
deputados, senadores, vereadores...
Sãos??...
Não.
Demalouquinsandecidos!
Clarinetes,
flautas, harpas...
Música ao
longe.
Fundo
peito.
Aprendo a
viver a saudade de você.
Também as
esperanças remotas de Brasil
Brasileiro
sem guerra-civil.
O café
sobe a cada dia.
Brasileiro!
Imperial!
Soluço
abismático fundo.
Quixotagem!
Te amo.
Sempre.
Te
espero. Eterno.
Eu –
labirinto ambíguo em você.
Preciso
abortá-lo.
Faltam
forças. Sou covarde.
Quixotagem!
Eternamente
aleijado.
Brasil –
Desequilibrado.
Gostaria
de abandoná-lo.
Não
posso. Te amo.
Quixotagem!
(do livro EMOÇÃO LABIRÍNTICA)
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