Caro leitor, seja muito bem vindo a essas despretensiosas páginas.
Desejo falar ao seu coração não apenas com os meus poemas, mas também pelas mensagens, orações e reflexões aqui colocadas a seu dispor.
Que o coração do Divino Mestre Jesus os ilumine e abençoe sempre.
Aqui, você está livre também para desabafar seus problemas e angústias.
Darei um retorno tão logo possa e opinarei se assim você desejar.
Fique a vontade. Aqui você, internauta, vai encontrar uma amiga com o coração aberto a lhe auxiliar dentro dos meus limites, mas sempre com carinho, respeito e espírito fraterno.
NAMASTÉ.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

ESCURIDÃO

                         À meu primo Luís Flávio

Igreja.
Lábios lunáticos não riam,
Faiscavam.
Choravam pranto abandonado,
Escurecidos no tempo;
Sonho, pesadelo.
Rosa estrelas, sonhos indomáveis.
Talvez gelatina!
Tristezas, alegrias, choros soltos,
Presos na garganta.
Atropelei o noivo.
Esperava no altar.
Luzes.
Máquinas fotográficas.
Minhas pernas trêmulas.
Coração parado.
Colapso fatal.
Luzes.
Máquinas fotográficas.
Noivo no altar.
Risos, sorrisos... lágrimas.
Gritei. Calada.
Música, tapete vermelho...
Noiva, noivo, noiva, noivo...
Luzes.
Que dor nas pernas!
Nuvens.
Nublou a visão.
Depois, escureceu.
O padre falava sem parar.
Luzes.
Música, fotos, sorrisos, noiva, noivo,
Pétalas brancas... vermelhas...
Choro. Sangue e dor.
Bouquet.
Luzes.
Cristal espedaçado.
Cansei!
O noivo diz sim;
A noiva também.
Escutei.
Máquina fotográfica.
Coração parado, esmagado, triturado.
Que dor! Fome?!
Peito aberto.
Abortei coração!
Vomitei feto! Fel!
Flashs.
As flores murcharam de repente.
Choveu.
Todos sorriam! Ria.
Doía. Fel.
Luzes.
Roubaram meu feto.
Não quero mais ter netos!
Luzes. Fogo. Vela.
Bílis, fel.
O fígado estoporou.
Não acreditei... disse sim.
O sol, a lua, o dia...
Noite.
Fel.
     ESCURIDÃO!!
AAAAAAAAAAiiiii!!!
Socooorro!

     Fel.




             (do livro EMOÇÃO LABIRÍNTICA)


Nenhum comentário: