ESCURIDÃO
À meu primo Luís
Flávio
Igreja.
Lábios
lunáticos não riam,
Faiscavam.
Choravam
pranto abandonado,
Escurecidos
no tempo;
Sonho,
pesadelo.
Rosa
estrelas, sonhos indomáveis.
Talvez
gelatina!
Tristezas,
alegrias, choros soltos,
Presos na
garganta.
Atropelei
o noivo.
Esperava
no altar.
Luzes.
Máquinas
fotográficas.
Minhas
pernas trêmulas.
Coração
parado.
Colapso
fatal.
Luzes.
Máquinas
fotográficas.
Noivo no
altar.
Risos,
sorrisos... lágrimas.
Gritei.
Calada.
Música,
tapete vermelho...
Noiva,
noivo, noiva, noivo...
Luzes.
Que dor
nas pernas!
Nuvens.
Nublou a
visão.
Depois,
escureceu.
O padre
falava sem parar.
Luzes.
Música,
fotos, sorrisos, noiva, noivo,
Pétalas
brancas... vermelhas...
Choro.
Sangue e dor.
Bouquet.
Luzes.
Cristal
espedaçado.
Cansei!
O noivo
diz sim;
A noiva
também.
Escutei.
Máquina
fotográfica.
Coração
parado, esmagado, triturado.
Que dor!
Fome?!
Peito
aberto.
Abortei
coração!
Vomitei
feto! Fel!
Flashs.
As flores
murcharam de repente.
Choveu.
Todos
sorriam! Ria.
Doía.
Fel.
Luzes.
Roubaram
meu feto.
Não quero
mais ter netos!
Luzes.
Fogo. Vela.
Bílis,
fel.
O fígado
estoporou.
Não
acreditei... disse sim.
O sol, a
lua, o dia...
Noite.
Fel.
ESCURIDÃO!!
AAAAAAAAAAiiiii!!!
Socooorro!
Fel.
(do livro EMOÇÃO LABIRÍNTICA)
Fel.
(do livro EMOÇÃO LABIRÍNTICA)
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