AMOR É PERDÃO
Ah, meu amor é triste...
Ver-te assim tão derrotado
Envelhecido de tanta dor.
Eu te avisei, há alguns anos,
Quando me abandonas-te,
Que caras são as ilusões
Da liberdade e das paixões.
Mas cego estavas, e surdo,
E não ouviste os meus apelos,
Para viveres das madrugadas
Com corações que nunca seriam
teus.
E agora vens curar-te as chagas
Nos braços meus.
Sei que provastes do gosto de
muitos lábios
E que sonhastes em muitos ombros
Desejos inconfessáveis
Sem jamais encontrares amor, ou
amizade.
Como imaginei, agora, desiludido,
Sozinho, no fundo do poço,
De coração partido, voltas a mim.
Sofreste muito na solidão de
amores vazios
Até descobrires que tiveste em
mão
O sublime amor; devotado, sincero,
Atento em fazer-te feliz
Nos mínimos desejos.
Fiel aos teus sentimentos.
Hoje, em pedaços,
Buscas em mim abrigo.
Em lágrimas ocultas, mutilada,
Recebo-te, sofrendo a tua dor.
E perdoando-te, em teu cansaço,
Finjo que o tempo nunca passou.
E me cego pros ferimentos,
Cicatrizes deste amor.
Vem!, quero te afagar em meus
braços,
Esquecer o passado;
Quero abrir meu peito
E te mostrar, mesmo que ainda em
carne viva,
O amor não egoísta,
Devolvendo-te, por inteiro,
Este coração que sempre foi
E ainda é teu.
Mas agora não te amando como
antes,
(do livro ÊXTASE)
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